Para mim, Camané é o mais seguro dos fadistas contemporâneos. É uma estrela discreta, trabalha ao seu tempo, e imprime de serenidade e simultânea expressão as canções. As suas e as daqueles que revisita.
Escolhe cantar os poemas de que gosta e tem o prazer de trabalhar, desde logo, com grandes nomes, grandes inspirações.
É o caso de José Mário Branco, companheiro de lides musicais, a quem pede emprestado este Sopram Ventos Adversos.
Em 2003 interpreta este clássico da música portuguesa com os Xutos & Pontapés, na série de concertos acústicos reunidos no álbum Nesta Cidade. E é esta versão a que proponho para hoje.
Fadista, certamente, mas sobretudo um artista, é comum vermos Camané a cantar com músicos de todas as escolas musicais. Mais improvável é vê-lo cantar em casas de fado.
Sempre de Mim, o novo trabalho, marca o regresso do fadista aos originais já a 21 deste mês.
Até lá, Sopram Ventos Adversos, José Mário Branco revisitado por Camané.
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"Nos mastros que vão quebrar
Soltas velas de cambraia
E é cada remo a tentar
menos um barco no mar
mais um cadáver na praia"
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Para apontar na agenda
Camané ao vivo, dia 16 de Maio no Coliseu de Lisboa.
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