segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Louis Armstrong - La Vie En Rose

A crítica já tinha avisado: Wall.E não é apenas mais um filme de animação. É o E.T. dos novos tempos. Aqui e ali já se ouve que esta história é o mais recente clássico da Ficção Científica.

Eu vi e apaixonei-me.

Quem não viu pode perguntar-se: afinal que tem Wall.E de tão espectacular? Quem já viu responderá certamente: tudo.
Para além de ser uma belíssima história de amor, das mais simples e comoventes que já vi, tem um excelente enredo, ao bom estilo da Ficção Científica mais clássica. Visualmente é surpreendente. É certo que estamos a falar da Pixar, mas conseguir expressões tão humanas em robôs é obra, mesmo para os mestres da animação.

É esta humanidade que o filme transpira que o torna tão delicioso. A banda sonora escolhida para Wall.E também foi certeira: desde Hello Dolly, o musical a que o pequeno robô assiste todos os dias e que tenta desajeitadamente imitar, até este La Vie en Rose.
Sei que sou suspeita, mas o jazz clássico parece-me, cada vez mais, assentar que nem uma luva ao universo Wall.E.
Talvez não tão óbvia como o amor e a solidão, a temática do regresso a uma humanidade perdida é outro dos pontos fulcrais desta história. E Andrew Stanton e restante equipa souberam transmitir esse desejo com a ajuda da banda-sonora e de outros pormenores como os objectos que Wall.E colecciona, sendo o mais paradigmático a cassete de vídeo que revê vezes sem fim.

Sem dúvida, um filme apaixonante. Indispensável.

Parte da banda-sonora do filme, aqui fica em jeito de homenagem, a versão que Satchmo fez para o clássico de Edith Piaf.

Louis Armstrong, La Vie en Rose.

_____

"When you kiss me heaven sighs
And tho I close my eyes
I see la vie en rose"

Sem comentários: