sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

James Brown - Get Up (I Feel Like Being a) Sex Machine (1970)

Um espírito funky apoderou-se de mim logo nas primeiras horas da manhã. Get Up (I Feel Like Being a) Sex Machine instalou-se - qual otoverme! - ao ponto de desejar ser dia de after-hours, poder abandonar o trabalho e passar uma hora ou duas a dançar - dançar, vejam só, eu que não gosto de dançar... - numa cave escura e voltar, depois, alegremente, às rotinas do dia-a-dia.

O funk tem destas coisas. Liberdade, espontaneidade, ritmo. Faz-me ter vontade de explorar ainda mais a música negra, a colored music, como diz Kerouac. O legado que os afro-americanos têm deixado à música mundial estende-se por décadas e décadas. O jazz, o bop, os blues, o funk, a soul, o r&b, o hip-hop... e sei lá eu mais o quê. Uma herança impressionante e da qual nem sempre temos consciência.

Por isso, a música de hoje é um dos temas mais emblemáticos de James Brown, o pai do funk. Há coisas que me desarmam neste género: as palavras e frases repetidas até à exaustão - que poderiam não dizer nada - criam um sentido de comunhão incrível, um diálogo quase; os ritmos irresistíveis e a alegria, sobretudo a alegria com que estes soul brothers estavam em palco. Não há nada assim.

Get Up (I Feel Like Being a) Sex Machine, James Brown.

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"Fellas, I'm ready to get up and do my thing (yeah go ahead!)
I wanta get into it, man, you know (go ahead!)
Like a, like a sex machine, man, (yeah go ahead!)
Movin' and doin' it, you know
Can I count it off? (Go ahead)

One, two, three, four!

Get up, (get on up)
Get up, (get on up)
Stay on the scene, (get on up), like a sex machine, (get on up)"

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