quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Zé Pedro dos Xutos - Desatinei (2008)

Primeiro foram os Pontos Negros, depois a Deolinda, com o seu Movimento Perpétuo Associativo, candidato a hino nacional, agora estes tipos, os Zé Pedro dos Xutos.
A Internet dá azo a estas coisas. E que seríamos de nós sem eles?

Zé Pedro dos Xutos - a banda, não o próprio - é folcore, é musicomédia, é a verdadeira galhofa musical! Sentido de humor não lhes falta, nem no nome que escolheram.
Só me apetece dizer uma coisa: haja alegria!

Muitas vezes esquecemo-nos dessa parte fundamental da vida, de encarar as coisas com optimismo, com a leveza que a todos faz falta. Na vida, e na música, temos todos tendência para a seriedade e, quando aparece um projecto assim mais galhofeiro, há sempre quem se insurja. Como aconteceu com o grupo de Ana Bacalhau por estes dias. Uma petição on-line a pedir a substituição de A Portuguesa por um tema de Canção ao Lado causou celeuma na Internet. Então não é que algumas pessoas não compreenderam a ironia? Às vezes, para as coisas irem para a frente, para que o movimento perpétuo associativo seja efectivo, um país tem que se rir de si próprio. Não raras vezes a consciência vem daí.

Por isso é que hoje proponho este Desatinei, dos Zé Pedro dos Xutos. Pode ser que assim Portugal dê um passo em frente e promova a igualdade e a liberdade de uma vez por todas.
É que, já dizia o outro, ridendo castigat mores, que é como quem diz, a rir se corrigem os costumes.

Desatinei, o Zé Pedro dos Xutos.

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"À beira rio, perguntou-me o meu tio:
O que lá aconteceu?
Na capital, onde só existe o mal,
No jornal diz que leu:
Uma velhinha
assaltada - coitadinha -
Por um estudante
Disse-lhe: tio, para aprenderes a ser Doutor
Tens de ser ignorante"

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