O meu amor (que é também um assíduo leitor destas linhas) ofereceu-me neste aniversário uma edição especialíssima da discografia de Amy Winehouse. Frank & Back To Black contém, como o próprio nome indica, os dois álbuns da cantora, com dois discos cada, que incluem remixes e temas tocados ao vivo, um pequeno livro com fotos, um texto e todas as letras. Mas a cereja no topo do bolo é a inclusão das demos originais de alguns temas. Quase sem arranjo, nestas gravações está apenas Winehouse acompanhada à guitarra ou ao piano. São raras as vezes em que nos são dados a conhecer os temas em bruto, o que é uma pena.
Já aqui falei de Amy Winehouse e os jornais, revistas, sites, blogs, estão sempre a fazer das tropelias dela notícia. Tenho pena que se fale menos na música propriamente dita e mais nas drogas, nos amores e no álcool. Estes cenários não são novos no mundo da música, por isso torna-se incompreensível tanto burburinho. A menos que justifiquemos esta vaga de fait-divers com o crescente voyeurismo e a sede crescente de escandaleiras.
Nos próximos tempos vou mergulhar na discografia de Winehouse. Gosto especialmente da atitude jazzy, por vezes soul que adopta. Continuo a dizer que os excelentes músicos que a acompanham fazem uma boa parte do trabalho, mas a verdade é que as demos originais mostram que Winehouse é bem mais que uma figura problemática, é bem mais que uma voz (que às vezes está em péssimo estado) ou que um bom arranjo e acompanhamento.
Stronger Than Me, Amy Winehouse.
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"I'm not gonna meet your mother anytime
I just wanna rip your body over mine
So tell me why you think that's a crime
I've forgotten all of young love's joy
Feel like a lady, but you my lady boy"
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