terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Xutos & Pontapés - Quem é Quem (2009)

30 e tal razões (de entre milhares) para dar os parabéns aos Xutos & Pontapés!
Pelos 30 anos e pelo 1º single do próximo álbum, que lhes faz toda justiça
Quem é Quem não podia deixar de ser a minha proposta para hoje.


Quando eu morrer não levarei flores pró meu buraco
Porque eu vou morrer do fígado, de cancro
E não se dão flores a quem morre de cancro.

Mãe, mãe, tenho ciúmes do pai.

Eu não quero é morrer devagar.
1982
Falta-me o emprego p'ra cá ficar.
E uma vontade de ir
correr o mundo e partir
a vida é sempre a perder.
Juntos fomos correndo lado a lado
juntos fomos sofrendo ter amado
amas a vida e eu amo-te a ti
A carga pronta e metida nos contentores
adeus aos meus amores
que me vou
p'ra outro mundo
1985
Quer eu queira quer não queira
filhos da puta sem razão e sem sentido
no meio da rua, nua, crua e bruta
eu luto sempre do outro lado da luta
Pensas que eu sou um caso isolado
não sou o único a olhar o céu
Viver a vida sempre preocupado
passar o tempo sem ir a nenhum lado
"
Adeus vida atinada
dos horários e das bichas
e das gripes no inverno e do suor no verão
A vida vai torta, jamais se endireita
1987
Mas será sempre, sempre à minha maneira
Eu hei-de encontrar aquilo que procuras
para te dar e receber ternuras
E o sol desce p'ra Monsanto enquanto ele faz a barba
adormeceu entretanto, já saiu a namorada
Eu cá sou bom, sou muito bom
As saudades que eu já tinha da minha alegre casinha
tão modesta quanto eu
1988
Só sei que amar é querer-me a mim e querer-me a mim
dá-me o poder de inventar, de conseguir
atravessar o grande rio entre o voltar e o partir
estranha vontade de amar
Gritos mudos chamando a atenção
1990
Acordo em lugar nenhum
apanho a roupa do chão
em solidão, dá-me a tua mão
ó sonho meu
O dinheiro p'ra mim não conta
eu trabalho por prazer
mas o dia que eu mais gosto é o dia
de receber
E o que foi feito de ti?
E o que foi feito de mim?
O que foi não volta a ser
mesmo que muito se queira
e querer muito é poder
o que foi não volta a ser
1992
Se fecharem um pouco os olhos
conseguem ver as estrelas a brilhar
será sempre assim
Não tenho medo do lobo
nem paciência p'ró teu pastor
ovelha negra
carneiro preto
eu vou direito ao deserto
1993
Arrisca mais uma vez
nem que seja só por arriscar
nunca se tem muito a perder
dá um mergulho no mar
O frio aperta, na manhã submersa
Vai ficar tudo bem
isso eu sei
quando o sol se juntar ao mar
e eu te voltar a beijar
1997
Ai meu amor, o que eu já chorei por ti
mas sempre, p'ra sempre
vou gostar de ti
1998
O tempo, é difícil conjugar o tempo
Quem vive, quem morre
quem come e quem passa fome
passa tudo pela minha mão
agradece ao Grande Irmão
Faz a viagem, se não tens abrigo que tenhas coragem
Ninguém te amou como eu
ninguém te quis como eu quis
ninguém te fez feliz como eu
ninguém te magoou como eu
Ahhh, mas não foi assim
2001
Diz-me se estão a favor da guerra
se deixam de lado a terra
e vão se esquecendo de ti
Onde vais?
Perguntas tu ainda meio a dormir
Então vivemos na zona limite
perto do nada, ali, lá atrás
2004
Não há quem lhes escape
não há quem resista
são os Senhores da Guerra
essa raça maldita
procuram prazer num jogo mortal
ficamos sem saber
quem é o homem, quem é o animal
2009

1 comentário:

I. disse...

Ufa! Até me cansei a ler este post, porque é impossivel lê-lo sem cantar cada bocadinho de cada música e sem lembrar os saltos sem fim que démos tantas vezes a ouvir Xutos! Recuerdas?
Beijo grande!