terça-feira, 22 de julho de 2008

João Gilberto - Corcovado (1960)

Estes quentes finais de tarde merecem música a condizer. Quando as pessoas regressam às suas casas, carregadas de sacos de compras e suor no corpo, o sol a preparar-se para se esconder atrás dos prédios nos subúrbios da cidade.

A bossa nova, talvez por vir de terras quentes, é a banda-sonora ideal para os fins de tarde de verão. Não tenho abastecido o meu leitor de Mp3 com música há algum tempo, muito por culpa do livro que me tem absorvido as horas, mas que já terminei. De volta à música, ontem passeei-me pelas rádios, deixei-me ficar numa delas onde João Gilberto cantava este Corcovado que hoje vos proponho. A canção, com letra de Tom Jobim, faz parte de O Amor, o Sorriso e a Flor, da discografia do pai da bossa nova, lançado em 1960.

João Gilberto criou o estilo parente do jazz, desenvolvendo o ritmo do samba e o canto falado. Uma cadência que a mim me agrada muito.

Corcovado é um tema paradigmático do movimento bossa nova. Ao longo dos anos conheceu várias versões. Percorreu o mundo em português por várias vozes, incluindo a de Elis Regina, em inglês por Frank Sinatra e até em francês, por um músico fascinado pela bossa nova, Pierre Barouh, que não resistiu e incluiu a tradução de Corcovado no seu álbum de 2006.

Também não resisto.

Corcovado, a letra de Tom Jobim cantada por João Gilberto, é a minha proposta para hoje e para todos os fins de tarde de verão. Ou de Inverno. Ou quando se quer fazer feliz a quem se ama.

João Gilberto, Corcovado.

Que lindo!

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"Quero a vida sempre assim com você perto de mim
Até o apagar da velha chama
E eu que era triste
Descrente deste mundo
Ao encontrar você eu conheci
O que é felicidade, meu amor"

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