sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

The Cure - Friday I'm In Love (1992)

Aproveitando a capa deste mês da revista Blitz, o concerto no Pavilhão Atlântico dia 8 do mês que amanhã começa, e, já agora, porque é sexta-feira - hoje proponho Friday I'm in Love, The Cure.

A mítica banda britânica tem melhores temas do que este, de Wish (1992). Friday I'm in Love pertence à fase mais pop dos Cure. A outra fase - ou face - é a da escuridão, do gothic rock, das canções densas, dos videoclips cheios de teias de aranha.

O conceito de gótico na música não é pacífico em mim. Para mim as ambiências criadas pelos Cure são ambiências góticas. Eles souberem criar esses ambientes, sendo profundamente melódicos. A nova geração da chamada música gótica nada tem a ver com isto. Nenhuma é melhor que a outra. Nem pior. Não são é a mesma coisa.

Nos Cure gosto das duas faces. E gosto da face de Robert Smith, dos cabelos em pé, da palidez e até do batom vermelho vivo esborratado. Dos olhos carregados a preto. Gosto da sensualidade pesada de Lullaby e gosto da frescura de Boys Don't Cry e de Friday I'm in Love.

Nenhuma outra banda conseguiu, como os Cure, ser ao mesmo tempo tão sóbria e tão alegremente viva, tão alternativa e tão pop, sem nunca perder a identidade. E isto é que é coerência.

O pós-punk trouxe muitas coisas boas. E os Cure foram uma delas.

Para antecipar o sol de fim-de-semana, Friday I'm in Love, The Cure.


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"Saturday wait
and Sunday always comes too late
but Friday never hesitate"

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