segunda-feira, 24 de março de 2008

Pearl Jam - Dirty Frank (1992)

Pearl Jam é sinónimo de grunge. É para muitos, aliás, a única sobrevivente do movimento oriundo de Seattle nos anos 90.

Mas Pearl Jam pode ser sinónimo de muitas outras coisas. E a prova disso é Lost Dogs , o álbum duplo de raridades e lados B lançado em 2003.

Em Lost Dogs a banda de Eddie Vedder não veste apenas camisas de flanela. Estão lá os Pearl Jam das canções de Natal, muitas vezes minimalistas, os calções de banho e as pranchas de surf, está lá também a consciência ambiental e política, está o country, o rock, a sensualidade suja de Wash, guitarras em potência e guitarras nuas. Há a inocência de Bee Girl e a dor solitária da faixa escondida, em memória ao amigo morto. Há histórias verdadeiras como esta e há histórias inventadas. Há sempre boas histórias.

E há o funk de Dirty Frank. Para quem ainda duvidava da versatilidade dos Pearl Jam.

Lost Dogs é uma caixinha de surpresas. Abri-a e escolhi ao acaso esta história (das meio-verdade-meio ficção) de um motorista de autocarro que também é um serial-killer canibal.

Este Dirty Frank vai beber à musicalidade dos companheiros de tournée altura, os Red Hot Chili Peppers. É só atentar nas guitarras funky e as semelhanças saltam à vista.

É esta a minha proposta para hoje: uma viagem de autocarro com o mais louco dos motoristas. Dirty Frank, os Pearl Jam. E ninguém sai daqui vivo.


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"The band all knows, we're too afraid to mention,
Don't want to be part of Frank's luncheon!
Lose weight, be safe!
Where's Mike McCready? My god he's been ate!"

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